O livro A ética skinneriana e a tensão entre descrição e prescrição no behaviorismo radical de Marina S. L. B. de Castro e do Prof. Júlio César Coelho de Rose é uma reflexão sobre filosofia e ética do comportamento, que tenho o prazer de apresentar. À primeira vista, o principal objetivo do livro de Marina e do Prof. Júlio é retomar, da perspectiva do behaviorismo radical, a querela envolvendo a tensão entre descrição e prescrição na ética. Mas o texto, quase como subtexto, por entrelinhas sutilmente elaboradas, revela o motivo, melhor o leitmotiv, que guia sua escritura: o tema do planejamento cultural. Visto desse ângulo, opera-se uma transformação. Com efeito, o principal objetivo do livro passa a ser o planejamento cultural, e a filosofia e ética do behaviorismo radical, o seu fundamento. Prova disso é que a discussão sobre cultura e planejamento cultural é feita depois da apresentação da filosofia do behaviorismo radical e antes do escrutínio da ética. Quer dizer, a filosofia e ética do behaviorismo radical cercam a discussão sobre cultura e planejamento cultural. Marina e o Prof. Júlio sondam preliminares, preâmbulos filosóficos e éticos do behaviorismo radical, em notável itinerário com vistas a iluminar a reflexão sobre delineamentos culturais.