A presente obra aborda a boa administração em sua dupla vertente: princípio e direito fundamental. Na qualidade de princípio, influência a tomada de decisão administrativa, mediante a adoção de critérios que ultrapassam o mero cumprimento da lei para alcançar solução otimizada em prol de toda a coletividade. Como direito fundamental linha que vem ganhando força no universo jurídico , os membros da sociedade, direta e individualmente afetados pela conduta administrativa, têm o direito a uma Administração Pública que desempenhe sua missão à luz das melhores práticas administrativas em conexão com as demandas coletivas. A partir de uma boa administração, viabiliza-se a efetivação de um acervo de direitos fundamentais. As reflexões perpassam, ainda, a ideia oposta da má administração, frequentemente identificada a partir de ações negligentes, morosas e desatentas a valores relevantes para o indivíduo e a sociedade, vislumbrando na corrupção uma versão dolosa da má administração.