Exemplo de democracia ou esteio da ditadura civil-militar brasileira de 1964? Paraíso da felicidade suburbana ou cenário de vidas alienadas pela lógica da mercadoria? Evidência da superioridade do capitalismo ou pátria de multinacionais exploradoras da gente e das riquezas brasileiras? Ao longo do século XX, os Estados Unidos ocuparam centralidade nas discussões acerca do que éramos e do que deveríamos ser como país e como nação. No entanto, eles não são uma coisa ou outra. São uma combinação complexa e quase sempre contraditória desses aspectos. E tudo o que fazem repercute no mundo: da Missão Apollo às bombas sobre Nagasaki e Hiroshima, passando pela sedução de Hollywood e o napalm no Vietnã, a Ku Klux Klan e o movimento pelos direitos civis, o jazz e a música country, gramados suburbanos, Cadillacs, arranha-céus, siderúrgicas de Pittsburgh, Vale do Silício californiano, fast-food, internet, Mickey Mouse.