Viajar, para Edmílson Caminha, é muito mais do que fazer turismo, quando apenas se percorrem cidades e se conhecem países. Há que apreender-lhes a essência, a alma do povo, a beleza da arte, a força da cultura, com o que o viajante que regressa não será nunca o mesmo que partiu, pelo sentimento, pela emoção e pelo saber que trará de volta na bagagem. Este, o espírito das crônicas de Com a mala na cabeça, como se diz no Ceará dos que gostam de viver pra cima e pra baixo... Assim, o autor vai à Irlanda de Joyce, ao México de Frida Kahlo, à Argentina de Borges, à Rússia de Dostoievski, à Praga de Kafka, ao Chile de Neruda, à Lanzarote de Saramago, à Holanda de Rembrandt, à Paris de Gertrude Stein. Declara-se, até, praticante de um nada mórbido "turismo fúnebre", quando visita cemitérios para homenagear moradores ilustres... "Não importa quanto viajamos, mas para que o fazemos", escreve Edmílson Caminha.