Nos últimos anos, a obras sobre a produção de Monteiro Lobato vem proporcionando uma revisão em sua fortuna crítica. É nesta linha que Ana Luiza Bedê apresenta a relação do escritor e crítico com a cultura francesa, a partir das cartas endereçadas a Godofredo Rangel e reunidas em A barca de Gleyre. Expressões como "sarna gálica" ou "francesismo", presentes em sua obra, já deram ao autor de Cidades mortas o adjetivo de "anti-galicista". Neste livro, a autora faz uma análise detalhada da correspondência entre Lobato e Rangel para mostrar que os desabafos de Monteiro Lobato "contra" a França tinham na verdade um outro alvo.