que lugarzinho mais insignificante era aquele: tamanho mínimo, limpeza zero, muito mal frequentado, e a bebida era de segunda. por isso era um bom lugar. quem conhecesse hugo poderia desconfiar se o visse por ali. o bar, de nome nada criativo, era também o nome do proprietário, um senhor baixinho, na faixa dos cinquenta anos chamado josé nunes, ou seja, o nome do bar era bar do zé, que não era realmente o mais importante. e sim, o quartinho que ficava logo acima: organizado, limpinho, e de fato, muito pequeno cama, cadeira, criado-mudo e uma porta para um banheiro ainda menor. tão pequeno que, pia e privada era só o que havia lá dentro. pelo menos ficava bem distante dos fregueses do bar. e como o jovem hugo ficou sabendo desse boteco, o qual era tão distante de sua realidade? bem, um colega que percorria por todo e qualquer tipo de lugar o indicou. era freguês assíduo do bar do zé e colega do dono.