Este é o primeiro romance escrito utilizando ideias espíritas como fio condutor da trama, logo após o surgimento das obras de Allan Kardec. Retratando a Paris do século XIX, é um livro emocionante que traz muitas verdades do espiritismo de forma leve e envolvente, tangendo o inusitado e o fantástico. Trata-se de uma história de amor que para muitos pareceria impossível, no entanto, à luz da doutrina, descobrimos que poderia realmente acontecer. Apesar de ser um romance, essa obra não deixa de ter uma grande importância, primeiro pelo nome do autor, e porque é a primeira obra capital oriunda de escritores da imprensa, onde a ideia espírita é categoricamente confirmada, e que aparece no momento em que parecia haver um desmentido lançado na onda de ataques contra essa ideia. A própria forma do romance tinha sua utilidade; certamente era preferível, como transição, à forma doutrinal de aspectos severos. Graças a uma leveza aparente, ele penetrou em toda parte, e com ele, a ideia.