Uma cidade pequena, no interior paulista nos anos 1990, sufoca dois amigos, ambos apaixonados por Literatura. Bruno e Siqueira são casos à parte, vivendo desadaptados com suas ideias e aversões. A eles se junta Otávio, homossexual proscrito da classe dominante, em noites nos bares da cidade, tentando encontrar alguma vida entre muralhas. A repressão sexual, o machismo, o racismo são seguros prenúncios de um conservadorismo que voltaria à tona com toda força na atualidade. Sob o Governo neoliberal daqueles anos, sopros de novidade tecnológica e um partido modernizador mal se sustentam contra o sólido atraso dos fazendeiros. A nostalgia dos anos 1960 retorna através do pai desconhecido de Bruno, hippie de identidade sul-americana imprecisa que um dia passou por Verdor.