Como as crianças se apropriam do entorno? De que forma elas se constituem como sujeitos com determinados modos de agir, estar e sentir? Que espaços, tempos, personagens ganham a cena nesse processo? Como elas aprendem a tecer estranhamentos, perplexidades, afetos, dores, compreensão? Paulo Rosa, neste seu mais novo livro, convida-nos a mergulhar nessas reflexões, a partir de um texto delicado e sensível.Flora e o Monstro de Papelão nos traz provocações bem oportunas. Em um tempo no qual, com frequência, o mundo se apresenta como um lugar de atmosfera preconceituosa e agressiva, de desumanização dos diferentes, Paulo instiga-nos a pensar na importância de abraçarmos, nos mais diversos espaços nos quais vivemos, uma responsabilidade radical para com o outro. Para com os tantos outros que nos interpelam nos diversos quadrantes do mundo, nas ruas, nas vizinhanças, nas nossas casas. Convoca-nos para que nos deixemos afetar por sua alteridade.