Este volume se chama Crônicas, taokey? Mas poderia perfeitamente ser “O Caos Nosso de Cada Dia – A saga continua” ou “O quiabo anticomunista”. São 37 textos cheios de humor e irreverência, nos quais Carlos Eduardo Novaes faz o que sempre fez, e como ninguém: a crônica do cotidiano político, o diário das desventuras de Braziville, este país nem tão fictício, onde o impossível sempre dá um jeito de acontecer. Durante o regime militar, ler Novaes era ter acesso a um Brasil sem filtro, sem milagre. Continua sendo, neste Brasil que mudou tanto e ainda é “o único país deste planetinha mal resolvido que concentra em seu território todas as etapas da História da Civilização. Temos gente vivendo na Pré-História, na Antiguidade, na Idade Média, na contemporaneidade e gente que já vai longe, no pós-moderno”. Saem os xerifes de cinco estrelas, como João Figueiredo (ops, Bap Figuerey) e o superministro Delfim Neto, entram Jair Bolsonaro e o superministro Paulo Guedes.