Em sua primeira obra, a autora elege um de seus ídolos como interlocutor numa conversa absolutamente fictícia. Motivada por coincidências de vida (aniversariam no mesmo dia), dá vida a um papo amistoso em que se reconhecem e às vezes se estranham, todavia mantendo o tom coloquial e humorado. Tendo na música o principal ponto de encontro entre ambos, não só resgata passagens de suas vidas, como busca entretecê-las na rica conjuntura do tempo/espaço da vida carioca e transforma-o, no decorrer de alguns anos, em seu caro amigo confidente – sensível tentativa de aproximação entre sonho e desejo, onde não faltam fantasia e prazer, como em qualquer romance idealizado.