De onde nascem as histórias ninguém sabe muito bem explicar, mas há quem diga que elas brotam até mesmo muito antes de serem escritas. É isso mesmo! Há rumores que encantam desde o fundo da alma e só depois de muito tempo é que eles ganham forma e textura. É como uma sementinha que vai sendo regada e quando brota é com o poder de mover uma essência há muito esquecida dentro de nós: a lembrança de que há sonhos que necessitam não apenas ser nutridos, mas, sobretudo, compartilhados. A história do ursinho azul e do unicórnio é umas dessas histórias que já existia antes mesmo de ser contada; ela já era e continua a ser regada no amor vivido de um pai e de uma filha, na essência da infância diariamente compartilhada no sorriso da brincadeira e no valor que tem em alimentar a fantasia e a imaginação como um gesto de carinho e afeto. A narrativa dos dois personagens faz um passeio pelas flores da primavera, pelos bichos da floresta até alcançar as cores do arco-íris, mas, principalmente, surge da criação mais bonita que se pode nutrir na vida: a de que nada é impossível quando se tem uma boa amizade e um grande sonho a ser conquistado no coração.