Dark times para encontrar-mos tempo para a beleza poética en - louquecida expressa nesta obra que segue – redundância temporal proposital, como quase tudo, não é mesmo? Ainda mais em poesia. Se seus dedos estão a me tocar, não se deixe levar embora sem estes comandos: leia-me, coma-me. Aqui a fome não se engana. Ouroboros mastiga nossa víbora de coração fatiado. Prometo-lhe que uma erupção vulcânica fará com que goze. Versos são feitos para isso. Deixe a Monstra adentrar tuas linhas, num dia desses – que recomendo que seja hoje, agora. Paremos de adiar o tormento que é ler uma boa mulher poeta. Desejo que depois da leiturarefeição, você se dê conta de que asa curta não tem mais. Nada de vergonhas ou de se calar. Só sentir até o talo que há muito por viver quando nos damos conta de que estamos vivos. Doloridos. Ah! Entre os pulmões, o meu o seu os nossos, que venham respirações eufóricas, que falte ar, que a tosse pigarrenta se aproxime e que incomode o mesmo tanto que estes poemas. Desejo, por fim, que você se encontre como parte de um casal alfa, mas que as duas figuras estejam dentro de ti, e no máximo, você divida sua existência com os versosre­exões propostos. Afinal esperar dividir o poder – da existência, da satisfação, da plenitude – com alguém além de nós mesmos é como esperar que alguém vá te pagar o iFood. Monstra diz:/eu não quero ser imortal./ Eu digo:/ já é e sempre será./ No meu quintal ou Na Mata de Mauá.