talvez você, caro leitor, já tenha viajado pelo mundo, trabalhado ou visitado alguns dos locais citados neste livro ou, até mesmo, nunca ter conhecido qualquer desses lugares, mas, imaginado mil coisas sobre o jeito de ser de seus habitantes. qualquer que tenha sido sua experiência, você certamente se surpreenderá com viajando com humanidade. este livro não é um guia, um romance ou uma biografia. é, antes de tudo, um olhar sobre a humanidade em diversas culturas. é um conhecimento que chega ao leitor com leveza e prazer, revelando curiosidades que muitas vezes passam despercebidas pelo viajante comum. embrenhar-se por suas páginas, é viajar pelo que a humanidade tem de mais instigante: os diferentes modos de ser de muitas culturas. mesmo quem já viajou mundo afora, irá se surpreender com relatos sobre kathmandu, capital do nepal, e sua gente. gente como sacerdotes locais que não sabe quem é dalai lama. ou, ainda, viajar no tempo junto com a autora, desembarcando em um estado de pernambuco onde “o feminino, manipulado, reduzia a mulher à condição de simples executora de prendas domésticas”. e foi justo desta infância de papéis femininos subjugados que saiu natércia costa loureiro para o mundo, fazendo da dança sua libertação e transformando seu olhar pueril de menina nordestina no primeiro passo para a longa caminhada pela vida, tal qual o velho ditado budista: toda longa caminhada começa com um simples passo. por leila magalhães. rio de janeiro, 20 de abril de 2014.