No final da minha carreira de jogador, aos 35 anos, estava no Almancil, na III divisão. Depois de um jogo contra o Amora, o presidente do adversário veio convidar-me para ser treinador do Amora. Eu disse-lhe que era jogador, mas ele disse-me que tinha percebido que o verdadeiro treinador do Almancil era eu, dentro do campo. Aquilo que eu estudo é futebol. Claro que tenho de ter um pouco de cultura geral, mas discurso não é percurso. E jogo falado é uma coisa, jogo treinado outra e jogo jogado outra ainda. O importante é conhecer o jogo e ter um discurso que os jogadores, entendam, porque eles não estão a tirar um curso académico.