Esta obra é um mergulho na narrativa e na vida do narrador para, em seguida, retirá-la (narrativa) dele. Assim, imprime-se na narrativa a marca do narrador, como a mão do oleiro na argila quando está construindo um vaso. Aqui os textos são percorridos buscando em Chico Buarque o narrador literário e em Ruy Guerra o cinematográfico. Ao analisar o romance Estorvo (1990) como uma tradução para o cinema, procura-se na voz do narrador qual seu papel. Depois, por se tratar de um escritor que se consagrou em várias linguagens música, teatro, literatura etc. e também por se referir a um romance de composição baseada no comportamento psicológico esquizofrênico e desajustado do agente da narrativa, é por tal comportamento do personagem/narrador que a presente obra analisa o papel deste nas narrativas contemporâneas. [...]