Carlos Nejar canta sua terra, sua gente, suas tradições: o Rio Grande do Sul o acompanha como imagem mítica, em meio a outras. O livro foi concebido como um poema unitário, com cerca de três mil versos. Possui longo fôlego construtivo, e sua espontaneidade imita o fluxo da memória afetiva do homem em suas relações com o lugar, a família e o tempo. Sem desdenhar do experimento formal, A Espuma do Fogo é dotado de uma densidade romântica que privilegia as dimensões lírica e épica da palavra.