Agüero, em espanhol, pode significar mau presságio ou bons auspícios. É entre estes dois sentidos que oscila a narrativa deste livro, segundo romance da cubana Cristina García. Em um universo fictício, no qual eventos fantásticos são normais e se misturam à realidade política de um país próximo do caos, o livro relata a história de duas irmas separadas há mais de três décadas, mas ligadas pelos segredos e mentiras de seus pais, envolvidas por um mito familiar lentamente desconstruído. As vidas das duas irmas são conduzidas e interligadas por vozes do passado. Memórias que reaproximam as duas na busca de uma justificativa para o fato de terem sido abandonadas. Durante esse percurso doloroso, elas desvelam uma história de paixões e desejos que definiu as diferenças entre elas e moldou suas semelhanças.