Computadores, tecnologias digitais, redes de informação e a Internet vêm se tornando, rapidamente, realidades corriqueiras de nossa vida cotidiana. Já se afirma que vivemos hoje em uma "cibercultura", em boa parte constituída e determinada por esses novos aparatos de comunicação e informação. Em A Religião das Máquinas, Erick Felinto investiga as peculiares mitologias e o "folclore" que cercam o universo das velozes e ubíquas tecnologias digitais. Na análise de filmes como Matrix e de estudos críticos sobre a cibercultura, Felinto identifica uma convergência entre saber teórico e imaginário ficcional. Nunca antes o domínio das tecnologias e da ciência esteve tão penetrado pela retórica dos mitos e pela lógica das alegorias e metáforas. Em seus ensaios, este livro apresenta uma primeira exploração sistemática do que poderíamos chamar de "imaginário tecnológico" contemporâneo, com sua obsessão pelas figuras dos ciborgues, andróides, pós-humanos e anjos virtuais do ciberespaço. São textos breves, mas densos, nos quais se revela esse obscuro e surpreendente mundo das mitologias ciberculturais.