A poesia do autor deste livro tem um forte acento empático que se revela. Há, nela, uma questão importante que pode ser dita desta maneira: ela compreende e assevera a presença de um ‘cúmplice’. Não propriamente um interlocutor, que daria aos poemas um caráter dialógico, mas alguém com quem se partilha sentimentos e caminhos, de tal modo que há um ‘nós’ constantemente a emergir, mesmo quando não é explícito. Como se os poemas fossem, muitas vezes, uma fala íntima a dois. Diógenes da Cunha Lima