Entre ter algo na lembrança, ou na memória, e deixá-lo vir à mente, deixar-se surpreender, tremeluz um mistério sonoro, cuja aceitação se bifurca na possibilidade de interrogá-lo e na capacidade de aceitá-lo. O que surge, o que cresce, o que se manifesta e se estrutura, mas também o que decresce, o que se vela e o que tende morte se combinam em sons e silêncio, permitindo ver que uma das mais difíceis tarefas humanas é ser o que se é, tornar-se o que se deve e, ao mesmo tempo, o que se pode ser, no sentido de se virar com o que se deixa de ser. Um ser já não mais indiviso e, necessariamente, um ser que se deixa ser. As 13 contribuições aqui reunidas, apresentadas durante o 1 Colóquio Internacional do Corpo Freudiano, têm sua leitura escandida pelas três conferências que Alain-Didier Weill pronunciou na ocasião. Oriundas de experiências e países diversos, essas contribuições ensaiam um trabalho conjunto de diferentes vozes, cuja dissonância ensina que o cerne de cada língua [...]