Arte e formação: a dialética da emancipação da cultura a partir de Theodor W. Adorno é uma jornada em busca de uma ideia de indivíduo e uma ideia de arte que ainda valham a pena ser defendidas. Escrito de forma ensaística, o livro segue as pistas deixadas pelo filósofo alemão Theodor W. Adorno e o diálogo de sua obra com a de seus contemporâneos como Walter Benjamin, Max Horkheimer e Herbert Marcuse e, sobretudo, com a obra de autores clássicos como Kant, Goethe e Schiller. Arte e indivíduo são fenômenos históricos em constante transformação, com avanços e retrocessos em suas possibilidades de liberdade. Isso fica claro em três grandes movimentos na dialética de emancipação da cultura. Primeiro, no final do século XVIII, quando o indivíduo formado e a arte autônoma tornaram-se protagonistas de um processo amplo de transformação social, ao ganhar uma formulação utópica singular em contextos privilegiados da burguesia. Já nos séculos XIX e XX, essa utopia foi substituída na [...]