A ópera é o lugar das intrigas, dos amores, dos olhares que se cruzam e não mais se encontram, dos disfarces, dos escondereijos, dass barganhas secretas de paixão e morte. Feminista combativa, mas sobretudo uma amante inveterada dessa arte e de toda a simbiologia que ela possa conter, Cathérine Clément fez de "A ópera ou a derrora das mulheres" um amálgama fascinante. De forma simples, como quem conta uma história para os filhos, ela narra libretos das óperas mais importantes do repertório lírico. A partir daí, resolvendo a questão que nasceu com a própria ópera (primeiro as palavras ou a música?) a autora rivilegia os textos que sustentam as tramas e revela seu avesso: as sociedades que os tornaram possíveis.