Em cartas endereçadas ao idealista Christopher Le - um jovem patriota norte-americano, ativista nato, que ajuda a administrar uma entidade nacional de prevençãoa suicídios e milita a favor de várias causas - Naomi Wolf mostra que há dez etapas que ditadores e aspirantes a ditadores sempre adotam quando querem sufocar uma sociedade aberta.Em cartas endereçadas à Christopher Le — um jovem patriota norte-americano, ativista nato, que ajuda a administrar uma entidade nacional de prevenção a suicídios e milita a favor de várias causas — Naomi Wolf mostra que há dez etapas clássicas que ditadores e aspirantes a ditadores sempre adotam quando querem sufocar uma sociedade aberta. A Alemanha do início da década de 1930 era o país da arquitetura e design inovadores de Bauhaus, de fashionistas que rivalizavam com Paris. Possuía pop stars, colunas de fofoca. Seus cidadãos contavam com organizações de direitos civis e de direitos de homossexuais. A educação sexual era uma realidade nas escolas. Uma moderna democracia parlamentarista. Como explicar, então, que em poucos anos tenha se tornado um regime autoritário e repressor, responsável por milhares de mortes? Um prelúdio do dilúvio que engoliria a Europa e sacudiria o mundo. Ao estudar não apenas a Alemanha pré-Hitler, mas a Itália da ascensão de Mussolini, a Rússia stalinista, a Tchecoslováquia nos anos 1960, o governo de Pinochet no Chile, o massacre da Praça Celestial, na China, a jornalista Naomi Wolf mostra como os processos democráticos são frágeis. E que a máxima ‘o preço da liberdade é a eterna vigilância’ não é apenas uma bela frase. Em O fim da América, adaptado para o cinema por Annie Sundberg, ela aponta as fraquezas do sistema democrático, pequenas e sucessivas pressões que podem levar ao fim um governo.