Em 1971, quando Sidney Lens estava escrevendo este livro, não era bem-educado falar sobre um "império" americano - a palavra "imperialismo" fazia parte de um vocabulário de pessoas de extrema esquerda. O mito dos Estados Unidos como uma nação antibelicosa, antiimperialista e anticolonialista foi sustentado durante décadas e assim o país se envolveu sistematicamente - e teve grande influência - na dinâmica política e cultural de outras nações. Três décadas depois, é uma realidade incontestável a condição de superpotência dos Estados Unidos e sua postura imperialista. Em A FABRICAÇÃO DO IMPÉRIO AMERICANO, o leitor irá conhecer a história de uma nação que conduziu mais de 160 guerras e outros empreendimentos militares ao mesmo tempo em que insistia em pregar a paz. Por meio deste imperialismo, declarado ou velado, os Estados Unidos sempre procuraram disseminar sua influência e poder por todo o mundo. A presunção é que esse poder é usado para levar a democracia e a liberdade a nações bastardas do Terceiro Mundo. Desde a publicação original de A FABRICAÇÃO DO IMPÉRIO AMERICANO, a expansão dos Estados Unidos tem sido contínua. Os motivos dados ao público e ao mundo podem variar nos detalhes, mas todas as explicações enfatizam algum propósito moral - promover a democracia, conter a expansão do comunismo, preservar a liberdade, salvar vidas, eliminar armas de destruição em massa. As verdadeiras razões encontram-se em outra parte - no impulso imperioso de plantar o poder americano em cada vez mais partes do globo, na necessidade de controlar recursos vitais para garantir os lucros das corporações, nas ambições políticas de presidentes, na utilidade de aventuras no exterior para desviar a atenção dos problemas domésticos.