O cu é o grande lugar da injúria, do insulto. Como vemos em muitas expressões cotidianas, a penetração anal como sujeito passivo está no centro do discurso social como o horrível, o mau, o pior. Mas, na atualidade existem culturas que se reapropriaram deste lugar abjeto e souberam convertê-lo em um lugar produtivo e positivo. Neste livro os autores fazem um amplo e ameno recorrido ao redor do cu e do sexo anal: da sua história, de seus valores, de como o anal organiza os gêneros e as sexualidades e de como esta atravessado por critérios de raça, de classe e de poder. Desde a complexa sexualidade anal na Grécia Antiga até a crise da Aids, passando pelas prisões, o bareback, Freud, as lésbicas butch, os sodomitas, o técnico de futebol Luis Aragonés, o fist-fucking ou os ursos, este livro traça a genealogia de um dos espaços menos explorados pela teoria, mas o mais transitado pela prática: o espaço anal.