Esta história começa em São Paulo, capital, em meados da década de 1940. Paulo José, um advogado e comerciante de sucesso, começa a ter visões com uma mulher que o acolhera quando ele fora abandonado, ainda recém-nascido. Essa aparição lhe traz, agora, uma mensagem misteriosa que irá chacoalhar sua rotina. O enredo é o efeito de conflitos bem mais antigos, entre escravos e senhores na época em que os primeiros engenhos de açúcar do Brasil começavam a funcionar, no Recôncavo Baiano; o desfecho ocorre séculos depois, no estado do Ceará, entre as cidades de Assaré e Fortaleza, para onde os personagens se movimentam em busca de respostas, de realizações e de possíveis reencontros. Através da doutrina espírita, esses personagens, encarnados e desencarnados, foram motivados à busca da reconciliação e à resolução de suas diferenças, sob a influência benéfica de Eulália (espírito). Já com um maior entendimento da verdade do “amai ao próximo como a si mesmo”, esta mulher providencia os mecanismos necessários para despertá-los, buscando a pacificação do grupo, a que ela mesma pertencia. Diversas situações no desenrolar do romance podem motivar o leitor a raciocinar e compreender o funcionamento da justiça divina, através das leis da reencarnação, de causa e efeito e do livre-arbítrio, sob o impacto de emoções que se tornarão inesquecíveis àqueles que traçaram este presente drama.