Romance que inicia o realismo português e sua obra-prima, este livro é uma ácida crítica ao comportamento lascivo do baixo clero. Autor sarcástico, seu objetivo não é condenar o padre Amaro por engravidar Amélia, mas nos provocar aversão a ele exemplo maior daqueles que afirmam ser representantes de Deus na terra -, pois sua conduta não é leal às suas palavras, leva vida dupla e seu moralismo é de fachada. Admirável retrato da sociedade portuguesa do século XIX, insere-se no ambiente iluminista e liberal europeu, que ainda denuncia uma Igreja que se envolve nos assuntos de Estado e da cultura.