"Desculpe". Esta única palavra foi escrita num espelho. Em frente a esse espelho pende o corpo de Andy Fallon, um policial da Corregedoria Interna de Minneapolis. Suicídio? Ou um ato de perversão sexual que resultou num trágico acidente? De qualquer forma, a dúvida permanece. A investigação não passa de mera formalidade, um dever que o veterano detetive da Divisão de Homicídios Sam Kovac não gostaria de cumprir. Kovac não deseja gastar mais tempo que o necessário no mundo triste e vazio do pai da vítima, Mike Fallon ou Mike de Ferro, seu velho mentor e uma lenda no departamento de polícia. É como vislumbrar seu próprio futuro. Mas ele tem um sexto sentido para o crime, e a coisa não está cheirando nada bem. Juntamente com sua colega, a esperta e determinada Nikki Liska, Kovac começa a investigar os detalhes excessivamente elaborados da morte de Fallon, e vão surgindo vários motivos e vários possíveis criminosos. As sombras da suspeita recaem não só sobre a influente elite da cidade, mas também sobre o próprio núcleo do departamento de polícia. Entretanto, a morte de Fallon foi oficialmente declarada acidental, e a cúpula do departamento de polícia deseja o arquivamento do caso. A alegação é que Mike de Ferro, baleado 20 anos antes no cumprimento do dever e desde então confinado a uma cadeira de rodas, já sofreu demais. Preferem promover a instituição utilizando a figura do lendário Capitão Ace Wyatt, que está se aposentando e seguindo uma carreira televisiva com seu programa Hora do Crime. Infelizmente, nem Kovac nem Liska acreditam que Fallon tenha cometido suicídio - quer acidentalmente ou não. Conforme o caso se desdobra, torna-se cada vez mais provável que seu enforcamento tenha relação com seu trabalho.