Quando a fragilidade de um ninho no asfalto é a síntese da desumanização da polícia. Quando as veias abertas são da América Latina, mas também das memórias do amor e da repulsa pelo regaço materno. Quando a fé se afirma sem temer expor suas fraturas. Quando a reflexão sobre a arte não a mata, nem deixa suas vísceras expostas. Quando o pensamento sobre o próprio fazer intelectual não o cristaliza, mas o faz fluir como um rio, então temos uma verdadeira obra poética. É o que encontramos nessas páginas. Priscila Malfatti