Neste pequeno livro, Amnéris Ângela Maroni restitui ao corpo o seu significado profundo. Trata-se de um trabalho muito rico num mundo que vive, ainda hoje, sob a ótica cartesiana na qual o corpo segue dissociado da mente ou é apenas um refém do espírito, dominado e subserviente... Mas é possível libertá-lo! E esta é a boa nova que este livro nos traz: o corpo fala, ouçamos o que ele diz! Nas nossas células, há memória da matéria primordial, ecos da própria origem do universo. Afinal, nosso corpo é feito de poeira cósmica, feito de terra: somos a própria entidade perene que agora se organiza nesta forma humana de ser. Há uma mente primordial (já anunciada em Jung e Bion), a partir da qual organizamos, ainda bebês, as bases de todo o nosso aparelho de pensar. Por isso, da maneira como aderimos (ou não) ao corpo, depende toda a nossa capacidade de pensar. Em cada átomo, em cada célula, há uma inteligência que clama por ser ouvida. E por que não escutá-la? Maria Lucia Abaurre Gnerre UEPB (Universidade Estadual da Paraíba) Sobre a autora Professora do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas desde 1983.