O caráter inequívoco da crise de final de século, revelado nos âmbitos econômico, ecológico, científico, bem como no da legitimação de sentido, vem acompanhado de profunda desorientação. Conceitos como autonomia, emancipação e liberdade passam a ser objeto de desconfiança, trazendo, como conseqüência, o desconforto da desestabilização das certezas pedagógicas. Este livro trata da legitimação ética da educação, diante da radical pluralidade que se faz presente tanto na vida sociocultural, como no pensamento filosófico; discute a lacuna deixada pela crítica da tradição, quanto à pretensão de a razão anunciar o sumo bem e como a educação reage diante dessa realidade. Isso desencadeia um processo refletido sobre as formas de relação entre ética e agir pedagógico, tanto no que se refere às bases de justificação, como em relação ao esclarecimento dos impasses que aí ocorrem.