A obra já começa a intrigar pelo título, um paradoxo: como pode um banqueiro, o homem do dinheiro, ser também um autêntico anarquista? Eis um verdadeiro mistério, um crime contra a lógica, que talvez explique o motivo de Fernando Pessoa ter classificado seus contos - O banqueiro anarquista entre eles - como "policiários" ou "de raciocínio". Com sua anedota do pensamento dedutivo levado ao absurdo, o autor, que nunca deixou de se interessar por questões sociais e econômicas, reflete sobre o individualismo e o liberalismo.