O camelo era OlemaC. Melô era o camelô. Em cantos opostos do mundo, faziam tudo quase igual: carregavam um trem de coisas, um o próprio camelô das arábias, o outro só camelando no centro de São Paulo. Até que um dia eles se encontraram.O camelo OlemaC trabalhava para um comerciante saudita. Atravessava o deserto carregando muito peso, quase sem descanso. Um dia resolve fugir, e embarca escondido em um navio que vem aportar no Rio de Janeiro. OlemaC fica maravilhado com a lindeza do lugar, mas estranha os modos das pessoas. Achou melhor se mandar. Em São Paulo, acaba trombando com Melô, que, como ele, camelava todo dia, carregando as tralhas que vendia em sua barraca no viaduto Santa Ifigênia. Em "OlemaC e Melô", Fernando Vilela fala do encontro de dois personagens de mundos diversos, um encontro que acaba por mudar completamente o rumo de suas vidas. Nas delicadas ilustrações do autor, é o encontro de duas cores - azul-escuro e laranja - que traduz em belíssimas imagens a emoção e o cenário da história.