Nessa viagem por objetos artísticos de diferentes épocas e regiões, Albano Martins vence as artimanhas da temporalidade, pois viajar nas obras de arte de um passado imemorial tem como resultado anular os efeitos do transitório. Quando o poeta depara os efeitos da corrosão temporal, supera-os, servindo-se da imaginação criadora. Ao ativar os implícitos dos objetos das artes gráficas, dá voz e movimento às figuras que podem contar uma história desconhecida. E, assim, essas narrativas poéticas liberam pulsões que fazem da letra morta letra viva.