Esta obra busca apresentar ao leitor um diálogo entre filosofia e cinema, partindo do questionamento de uma crença que já se tornou lugar-comum - a que condena a 'civilização da imagem' e a 'sociedade do espetáculo', em que supostamente a imagem teria substituído a palavra, como responsáveis pelas pessoas viverem numa época em que as condições para o pensamento estariam esvaziadas. Diante da perspectiva de uma perda de força da imagem, cristalizada e padronizada no clichê, este livro de Rodrigo Guéron procura fazer o caminho inverso, parte do cinema e da filosofia para explodir clichês teóricos e imagens-clichês, e afirmar a potência do cinema e do pensamento, inspirado no pensamento demolidor de Nietzsche, nas teorias de Bergson e na filosofia vitalista de Gilles Deleuze.