Uma sátira cáustica e divertida sobre o desejo humano de viver para sempre. O livro. Em Também o Cisne Morre, Huxley traça o retrato de um milionário californiano dos anos 1930 que tem medo de morrer. Jo Stoyle paga uma fortuna para o inescrupuloso doutor Obispo pesquisar um modo de prolongar a vida humana. O enredo tem muito de ficção científica: o milionário descobre que um nobre inglês encontrou um modo de materializar sua idéia fixa. Ele viaja para a Inglaterra e encontra esse nobre, embora muito parecido com um macaco. Mesmo assim, Stoyle decide imitá-lo, sem medir as conseqüências. Estes são os elementos da sátira de Aldous Huxley sobre o desejo humano de viver para sempre. Com sutileza e sofisticação intelectual, Huxley acompanha seus personagens na busca pela eternidade, terminando com uma nota de horror. A história do livro. Em 1937, Huxley mudou-se para os Estados Unidos, fixando-se em Hollywood em 1938, onde tornou-se roteirista de cinema. Publicado em 1939, Também o Cisne Morre é o resultado do exame que Huxley faz da cultura norte-americana, particularmente do seu narcisismo, da sua superficialidade e da sua obsessão com a juventude. O título provém de um verso do poema "Tithonus", de Lord Tennyson, sobre uma figura da mitologia grega a quem Zeus deu vida eterna, mas não a eterna juventude. O que se diz. Pioneiro do romance antiutópico em língua inglesa, Aldous Huxley mostra o homem como uma criatura demasiado heterogênea, extremamente dividida entre a "paixão e a razão", para poder ser feliz. "Também o Cisne Morre é, acima de tudo uma parábola da loucura americana, do delírio arquitetônico de Los Angeles. Nada escapa ao sarcasmo de Huxley", diz Sérgio Augusto no prefácio.