A poesia matuta, caracterizada pelos seus versos rimados e uso de um linguajar característico do Nordeste, fortalece o folclore e o imaginário regional. Neste livro o autor a faz cada vez mais viva, jorrando poesia com muita facilidade e cuspindo versos com uma precisão e métrica incríveis e recheados de muito humor, ressaltando os valores do campo das brenhas nordestinas. Descreve em versos o modo de vida do matuto, a relação do homem nordestino com a terra, o cotidiano dessa gente. A voz poética se alterna, ora revelando a estética do sofrimento do homem do campo e relacionando o matuto à própria natureza, ora retratando os valores e hábitos do matuto com a preocupação de enaltecer o modo de vida dessas pessoas mais acostumadas à falta que à abundância, e sempre recriando a oralidade cultural nordestina. [...]