O Crepúsculo de uma Era nasceu de uma preocupação com o futuro da democracia. Se o maior desafio do século XX foi o combate às tiranias, no início do século XXI será a luta contra a hiperdemocracia. O triunfo dos demagogos, a insatisfação do povo contra seus representantes e o ressurgimento dos movimentos radicais demonstram que o descrédito das leis, dos governos e das instituições representativas tornaram-se uma ameaça à consolidação da nova ordem mundial.<br><br>
Os desafios globais transcendem as barreiras políticas, econômicas e culturais que dividem as nações. Não é só o Brasil que precisa reformar o Estado. Americanos, europeus e asiáticos que pretendem viver sob um regime democrático precisam livrar-se das amarras do Estado Assistencial, acelerar o processo de unificação econômica e evitar que o imediatismo das massas se sobreponha às decisões de Estado. A fragilidade da nova ordem mundial demonstra que as democracias ainda não aprenderam a viver em um universo sem o Muro de Berlim. <br><br>
Este livro foi escrito pensando nos leitores de jornal que, por definição, são pessoas bem informadas e que se interessam por questões mundiais, mas que não têm tempo ou paciência para ler os elaborados trabalhos acadêmicos. <br><br>
A intenção de O Crepúsculo de uma Era é oferecer um instrumento a mais para que esse leitor possa refletir sobre o mundo pós-Guerra Fria e os desafios da democracia.
Luiz Felipe D’Ávila, 31 anos, é cientista político formado pela Universidade Americana em Paris, editorialista do jornal O Estado de S. Paulo e comentarista da TV Manchete e da Rádio Trianon. É, também, consultor político e diretor do Instituto Brasileiro de Direito Constitucional (IDBC).