Molière, o grande autor universal de comédias satíricas que retrataram a face ridícula de seus contemporâneos, é o escritor-personagem de Rubem Fonseca. Molière morreu em 1673, algumas horas depois de representar uma de suas peças mais conhecidas- O doente imaginário. Seu narrador, um marquês anônimo, amigo de longa data do comediante, chegou a alimentar certas veleidades literárias. Esse homem é a única testemunha da revelação feita por Molière momentos antes de morrer. Em vez de tentar salvá-lo, o marquês buscará um padre para administrar a extrema-unção. Depois, tentará descobrir o assassino. A narrativa de Rubem Fonseca revive o esplendor e as intrigas da corte de Luís XIV.