Como se situam professores, professoras, alunos e alunas face às manifestações de discriminação na escola? Qual a relação desse fenômeno com a realidade social? Quais são as formas possíveis para enfrentar o preconceito na escola? Através de um estudo de caso realizado em escolas públicas de vários municípios do Rio de Janeiro, os autores discutem estas questões universais, e mostram que uma educação solidamente fincada em direitos humanos só é possível de ser conquistada por meio do combate sistemático e incessante a qualquer forma de discriminação. Este estudo foi construído inserido em uma pesquisa realizada em conjunto por três organizações latino-americanas e traz um intenso diálogo intercultural sobre a promoção da educação em direitos humanos. Com este debate os autores apresentam propostas de ações e estratégias concretas para trabalhar a superação da discriminação na escola. E lembram que o exercício da tolerância e do acatamento da diversidade deve ter início o mais cedo possível na sociedade, sendo fundamental fazer da escola solo fértil para o respeito ao próximo. Um dos maiores aliados da discriminação e do preconceito é a ignorância. E é assustadoramente reveladora a frase de um professor reproduzida nas páginas deste livro. Ao avistar três alunos negros no portão da escola, passado o Dia da Consciência Negra, ele comentou com um colega: Ontem foi o dia deles, o Dia de Zebu. Somos todos/as iguais? é parte da estratégia de combate a esse tipo de ignorância e a todos os demais correlatos, a fim de colaborar no desenvolvimento de uma sociedade justa, igualitária, calcada em valores éticos e em direitos humanos, e sobretudo livre de qualquer espécie de preconceito ou discriminação contra gênero, etnia, cor, conduta sexual e religião.