Catarina, a Grande - Retrato de uma mulher é, antes de tudo, a história de uma pessoa solitária, que nunca gozou de afeto e amizade e, mesmo assim e por isso mesmo, viveu para amar e ser amada, sentimento sublimado pela adoção da Rússia como objeto de seu amor maior, e que teve como reflexos sua modernização - educacional e cultural - e expansão territorial, nos 34 anos em que governou, colocando-a como uma das maiores potências europeias do século XIX. O livro de Robert K. Massie traça um retrato da vida pessoal e pública de Catarina, com referências às próprias memórias da imperatriz e perfis de personagens importantes em sua vida, como a imperatriz Elizabeth, da Rússia, e seu amante e auxiliar Gregório Potemkin. Catarina era filha de pequenos aristocratas germânicos - o pai, militar recluso e praticamente ausente, e a mãe, amargurada, carreirista e que nunca a amou. Oferecida para casar, aos 16 anos, com o futuro imperador da Rússia, ela começa então sua amarga trilha rumo à imortalidade e a um lugar no coração do povo russo, que lhe dedicou o afeto que nunca teve na vida pessoal. Extremamente inteligente e carismática, ela conquistou a população russa por ter feito questão de dominar a língua de seu futuro país e ter adotado a Igreja Cristã Ortodoxa como credo, deixando suas raízes protestantes na terra natal.Nesta obra, a autor procura narrar a trajetória da obscura princesa alemã levada para a Rússia aos 14 anos para casar-se com Pedro III, herdeiro do trono, e que acabou conduzindo um golpe que depôs o marido e a levou à coroação.