Na expansão do Império Português ocorreu o desenvolvimento de várias formas de associativismo, como as irmandades religiosas. Na capitania de Mato Grosso, cada grupo social - brancos, reinóis, indígenas, africanos e seus descendentes, escravizados ou libertos - produziu sua irmandade específica. Esses grupos estavam situados numa sociedade marcada pela hierarquização e pela expressiva diferenciação entre indivíduos e grupos sociais. As irmandades religiosas representaram os lugares sociais desses grupos que compunham a população, existindo aquelas pertencentes às elites locais, aos militares, aos africanos e seus descendentes livres, cativos ou libertos.