A questão dos gêneros jornalísticos tem inquietado gerações de profissionais e de pesquisadores ligados ao universo da imprensa. Ao longo de décadas, diversas classificações foram propostas, em diferentes partes do mundo, sempre na tentativa de diagnosticar as variações do trabalho desenvolvido nesse âmbito. No Brasil, entre as categorizações estabelecidas, uma, em especial, é alvo de tensionamentos: trata-se do jornalismo diversional, cujo sentido, remetido à finalidade de divertir, não raramente é confundido, deturpado ou rejeitado. As razões para esses percalços são muitas, a começar pelo fato de o próprio conceito ter sido distorcido ao longo do tempo, por diferentes vozes, vacilando entre apreciações superficiais e contraditórias. Decidido a avançar nessa seara de conflitos, Francisco de Assis, em sua tese de doutorado, abdicou do olhar de estranhamento que a aproximação entre jornalismo e diversão costuma atrair, [...]