Tudo é Beija-Flor não se ocupa de nenhuma linearidade porque acredito nos fragmentos , nas colagens, nos reflexos, nas sobreposições, nas costuras mais improváveis, nos pedaços mais ínfimos, soltos, ventados, atemporais. Há uma momentaneidade única em cada poema. Eles foram concebidos em algum instante entre os anos de 2009 e 2014. Não sei qual o mais antigo, nem o mais recente. Nunca foram datados, catalogados ou organizados com uma finalidade única e imutável. Deixei que fossem peças soltas num jogo porque os aprecio assim, livres de um xeque-mate. Alguns foram publicados na internet e depois excluídos. Muitos foram reformulados, repalavreados metamorfosearam-se de acordo com as circunstâncias afetados por estados de alma bastante variáveis. De alguns ainda lembro o átimo, a chama que induziu à construção, outros foram induzidos pelos nadas e pelos tudos, abismos e céus de dentro de mim os tornearam. Tudo é Beija-Flor é antes de mais nada possibilidade de voo. Num primeiro instante, curto , intenso, só meu. Depois, alongadamente mundano , de quem quiser e puder se abastecer do sentido vário de cada verso. Nele