Qual é o nome atual do mal-estar docente? Eis aqui um problema muito alardeado, mas nunca profunda ou suficientemente esclarecido sobre o padecimento psíquico de professores que se dizem cada vez mais estressados, esgotados, angustiados, deprimidos, hipermedicalizados, em pânico ou desistentes. Com rigor e autoria, mas sem ser obscuro, o livro questiona se porventura padecem mais aqueles que ensinam para então descer aos detalhes e revelar as forças que o movem: a inibição de se colocar à prova, a coragem moral invertida e o recuo do desejo. Passa-se a compreender não apenas o que professores narraram sobre suas vidas e práticas, mas também o quanto a escola, sob efeitos da maternagem, deve estar corroborando para manter uma zona de depressão moral em que certos docentes produzem o pior para si mesmos. E o que fazer? Através da orientação clínica, o livro mostra aos formadores e gestores educacionais dispositivos possíveis para que a palavra seja liberada, o sintoma seja destravado e a responsabilidade de cada um seja politizada.