Francisco Razzo, que já denunciou, em A imaginação totalitária (Record, 2016), os perigos de se confiar na política como esperança, agora pretende refletir sobre a inclinação humana de crer em homens extraordinários, cheios de certezas e grandes respostas salvadoras para os dramas do mundo. Em Minha contribuição para tornar o mundo um lugar ainda pior, Razzo convida o leitor para um exercício irônico de modéstia, no qual propõe a substituição de um espírito de grandiloquência, tão caro à nossa época, pela exaltação dos pequenos detalhes do cotidiano, das pequenas pretensões do dia a dia e, sobretudo, nas alegrias, por vezes angustiantes, de nossas incertezas. O fio condutor dessas crônicas é a liberdade de pensar, de rir, de debochar, de discordar do autor, a fim de inspirar o leitor a buscar sempre e exclusivamente a sua liberdade interior.