A casa da vida é o corpo, e a varanda da casa é a mente. Somos o emaranhado de linguagem, cultura, instinto, sintoma. O equilíbrio entre corpo e mente nem sempre é respeitado pela articulação inconsciente, que insiste em convocar o sujeito às suas faltas e falhas, fazer o caminho inverso e não desenvolver um sintoma é a luta diária da vida para ser vivida em sua plenitude. Ainda que isso possa parecer impossível, cuidar da mente não é extirpar os agressores simbólicos, muitas vezes precisamos abrir a boca e deixar as palavras escreverem em nossa mente a significação necessária para a saúde do corpo, ainda que o alivio não seja duradouro, pois a vida atualiza o inconsciente e nossa busca por equilíbrio é constante.