O cinema fornece ilusão de movimento, pela projeção, em uma cadência suficientemente alta, de imagens fixas, gravadas em continuidade em um suporte. É a esse horizonte de expectativa sensorial que se associam peculiaridades próprias a lugares e épocas, provisoriamente definidos como sociais e históricos, além de envolver o campo da subjetividade e da imaginação, a memória e o desejo. Associam-se ainda aspectos relativos ao som e ao movimento das imagens, cujo arranjo e composição não deixam de concernir a uma sintaxe que insinua proximidade à lógica do inconsciente revelada por Freud e articulada por Lacan: deslocamentos e condensações, metonímias e de metáforas.