Na passagem do século XX para o XXI &madsh; mais precisamente a partir da inauguração do Museu Guggenheim Bilbao, de Frank Gehry, em 1997 -, o cenário da arquitetura contemporânea foi tomado por um imaginário espetacular que, dando as costas à vocação social da arquitetura, acompanha a lógica do capital financeiro em sua busca do lucro máximo. Os arquitetos que tiveram seus nomes lançados às alturas nas últimas décadas - Gehry, Peter Eisenman, Rem Koolhaas, Norman Foster, Zaha Hadid, Herzog & de Meuron e outros - pautam seus projetos pelo avesso dos preceitos modernistas de racionalidade e universalidade: são as propriedades intrínsecas da forma, desvinculada do trabalho e expandida até o limite de sua materialidade, que conferem valor à obra. Em Arquitetura na era digital-financeira, Pedro Fiori Arantes investiga o sentido plástico, econômico e político dessas formas únicas, detém-se em seu processo produtivo - as novas modalidades de projeto digital e as transformações do canteiro de obras -, e examina as condições de circulação, consumo e distribuição que tornaram possível essa arquitetura do excesso e da exceção.Em Arquitetura na era digital-financeira, Pedro Fiori Arantes investiga o cenario da arquitetura contemporanea, investiga seu sentido plastico, economico e politico, detem-se em seu processo produtivo - as novas modalidades de projeto digital e as transformacoes do canteiro de obras -, e examina as condicoes de circulacao, consumo e distribuicao que tornaram possivel uma arquitetura do excesso e da excecao.